Introdução
O que eu penso quando falo sobre Respeito pela Diversidade? Na nossa sociedade, significa que todas as pessoas, independente do gênero, idade, religião, ou origem, devem ser reconhecidas e valorizadas. É sobre como lidamos com a diversidade, aceitando nossos preconceitos e limites e levando as pessoas à unidade. Nossa missão como IENS é orientar nossa vida para aquela unidade para a qual Jesus Cristo foi enviado. (cf. VSE, C 4)
Chamadas à Oração
Deus, as pessoas e as circunstâncias são tão diferentes que temos dificuldade de enquadrá-las na nossa maneira de pensar.
Tu nos criaste com uma larga escala de características. Deus de amor, é bom que todas as pessoas não sejam iguais a mim. Acredito que isso tornaria tudo muito monótono. Não porque eu seja chata – talvez também – mas acima de tudo, porque a diversidade e as diferentes maneiras como cada pessoa neste mundo contribuí, estariam faltando. Obrigado, Senhor por esta diversidade.
Experiência
É relativamente muito difícil escrever sobre este tópico de experiências, uma vez que “consciência e respeito pela diversidade,” cobrem muitos diferentes níveis, e cada leitor tem centenas de experiências diárias ao lidar com a diversidade. Como professora de uma turma de estudantes com 32 a 37 alunos, eu lido com o correspondente número de personalidades. Aceitá-los todos na sua diversidade foi um grande desafio para eles e para mim. Um olhar sobre nossas comunidades mostra algo semelhante, principalmente nas comunidades maiores. Nós temos diferentes referências pessoais e diferentes gerações – mesmo sendo todas IENS e vivendo a mesma Constituição, Vós Sois Enviadas. E muitas vezes, pode ser um pequeno milagre que juntas vivemos bem, apesar de, ou precisamente por causa da diversidade.
Por anos, nós, como Congregação tentamos viver a interculturalidade, principalmente pela fusão de províncias. Como a consciência e o respeito pela diversidade podem crescer e melhorar nestes exemplos e para além deles? Neste ponto, eu gostaria de lembrá-las de três palavras ditas pela ex-chanceler da Alemanha, que foram ouvidas pelos jornais ao redor do mundo: “Nós Podemos Fazer!” Eu gostaria de colocar estas três palavras no contexto no qual elas foram ditas. Numa entrevista coletiva, em 2015, Angela Merkel disse: “Eu direi com bastante simplicidade: A Alemanha é um país forte. O motivo pelo qual abordamos estas coisas deve ser: Nós conseguimos tanto – nós podemos fazer isso! Nós Podemos fazer, e onde alguma coisa se puser no nosso caminho, ela deve ser vencida. É preciso trabalhar nisso.” Eu, pessoalmente, fiquei impressionada com esta última frase. É isto que todas nós precisamos fazer, sempre de novo na nossa vida diária. Boa Cooperação – apesar de, ou precisamente por causa da diversidade – requer compromisso pessoal, mesmo que muitas vezes seja difícil. O resultado pode ser muito enriquecedor e colorido. Precisamos ter coragem de abraçar a diversidade para não “privarmos o mundo da variedade das suas cores, da sua beleza e, em última análise, da sua humanidade.” (Fratelli Tutti 100)
Reflexão
Viver com respeito à diversidade nos permite aprender sobre nós mesmas e sobre os outros. Entendemos e aceitamos que existem diferenças entre as pessoas, em relação à idade, gênero, cultura, raça, valores, habilidades e crenças, o que nos desafia a sermos capazes de trabalhar bem com pessoas que olham, agem ou pensam diferente. A abertura às diferenças é essencial para vivermos juntas na sociedade e construir um mundo justo. Esta conscientização torna possível vencer o individualismo, o preconceito e a discriminação na nossa comunidade local e global.
À medida que evoluímos como seres humanos, alargando nossa consciência e melhorando nossos relacionamentos, assim o conceito de diversidade também nos envolve. Por exemplo, podemos voltar-nos para a nossa vida pessoal, ou mesmo, para a história da nossa congregação e ver como nós entendemos e vivemos a diversidade até o início deste século. Expandimos nossa compreensão sobre a diversidade, a vivenciamos, fomos desafiadas a viver com respeito a nossa diversidade e continuar nossa jornada juntas para o futuro, em favor da missão de Deus confiada a nós. Vós Sois Enviadas encoraja-nos: Em meio à diversidade na Igreja e no mundo, o nosso constante esforço pela unidade em nossas comunidades de fé é um testemunho significativo. Cientes de que a unidade pode ser expressa na diversidade e por ela enriquecida, nós nos empenhamos para ser uma força unificadora no meio do povo de Deus. Por sua vez, aqueles a quem somos enviadas nos ajudam a crescer em nossa união com Cristo e nos desafiam a renovar nosso compromisso com SUA missão. (VSE, DG 10)
Enquanto permanecemos na jornada do contínuo crescimento de viver com respeito à diversidade, é possível mudar, dar testemunho e transformar o mundo. Encontramos encorajamento nas Declarações de Orientação nos últimos Capítulos Gerais: O Amor Não Pode Esperar e O Amor Dá Tudo, enquanto continuamos nossa missão de proclamar o amor de Deus com todo o nosso ser, independentemente do povo que encontramos e do lugar onde o encontramos.
Ação
Os resultados do diálogo congregacional em preparação ao 25º Capítulo Geral, Viver o Testemunho Profético da Comunhão Universal, nos chama a APROFUNDAR, fortalecer e enriquecer nossa vida de relações, em comunidade, no ministério, oferecendo a todos com quem interagimos bondade, respeito e cuidado, assim como perdão, reconciliação e paz.
- Aprender algo novo das pessoas que são diferentes de você. Que o novo alargue seus horizontes e desenvolva sua personalidade.
- Conhecer pessoas diferentes e questioná-las. Evitar o uso de estereótipos, conhecer e abordar qualquer preconceito inconsciente que você possa ter.
- Apoiar qualquer pessoa ou grupo marginalizado em situação difícil para que sejam respeitados e incluídos.
Oração Final
Deus, o povo e as circunstâncias são tão diferentes que temos dificuldade de ajustá-las ao nosso modo de pensar. Tu nos dotaste com uma grande variedade de características: origem e cor da pele, idade e gênero, etnia e tradição cultural, religiosa, política, e orientação, medos e esperanças, sonhos e visões. Mas todos nós temos um grande anseio por reconhecimento e segurança. Livra-nos da cegueira que vê apenas uma maneira para tudo. Desapega-nos de todo preconceito e indiferença. Dá-nos o espírito de fraternidade e solidariedade. Retira de nós o medo de que vamos perder, se abrirmos as fronteiras que estabelecemos a nós mesmas. Que sejamos capazes de aproximar-nos, uns dos outros, com respeito, paz e preparemos o espaço de reconciliação para que os frutos do teu Reino possam crescer na diversidade e abundância. Amém! (Oração por tolerância)
Preparada pela Ir. Maria-Theresia Knippschild, BY, para o Escritório Internacional Shalom, Roma, Itália
Gráfico da Declaração do 24º Capítulo Geral. Design: Escritório de Comunicação Congregacional.
Tradução Ir. Tarcísia Schwade,IENS
